Fique de olho, pode ser câncer infantojuvenil

"FIQUE DE OLHO, PODE SER CÂNCER INFANTOJUVENIL"  É UM PROJETO

Sem exames preventivos para o câncer infantojuvenil, o Projeto “Fique de Olho, pode ser câncer infantojuvenil”, tem por objetivo capacitar profissionais da área de saúde, Atenção Básica e Médicos Pediatras, quanto aos principais sinais e sintomas da doença e suas especificidades.  Faz parte do Programa Diagnóstico Precoce, promovido pelo Instituto Ronald McDonald (IRM), representando a região Centro Oeste.

POR QUÊ?

Segunda causa de morte das crianças no Brasil, onde Medicina comprova que se o diagnóstico for precoce e o tratamento, o adequado, as chances de cura e redução de sequelas, crescem de maneira extraordinária e mais VIDAS são SALVAS, e este é o maior objetivo a ser alcançado para crianças e adolescentes com câncer.   

QUANDO ESTE PROGRAMA TEVE INÍCIO?

O Diagnóstico Precoce é um desejo antigo de instituições de apoio e ou tratamento de crianças e adolescentes com câncer, e em 2007, o Instituto Ronald Mc Donald dá inicio à efetivação da coordenação nacional deste Programa, concitando através de Edital, uma concorrência pública para o Projeto Piloto a ter início em 2008, com uma instituição representando cada uma das cinco regiões geográficas do Brasil.

O CÂNCER INFANTOJUVENIL É A DOENÇA QUE MAIS MATA CRIANÇAS NO BRASIL.

Sem exames preventivos, conhecer e perceber seus sinais e sintomas é o caminho mais rápido para o diagnóstico precoce. Quando descoberto precocemente as chances de CURA do câncer aumentam em até 80%. Confira os principais sinais e sintomas da doença.

Única casa de apoio para o Câncer infantojuvenil no estado de Mato Grosso do Sul, a Associação dos Amigos das Crianças com Câncer-AACC/MS, com sede em Campo Grande, participa do “Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil” desde o projeto piloto, onde a primeira capacitação aconteceu em 2008.

Com o objetivo de capacitar profissionais de saúde do “Estratégia do Saúde da Família-ESF” e pediatras, a AACC/MS por meio do projeto “Fique de olho, pode ser câncer infantojuvenil”, passou por 31 municípios do estado de MS, sendo estes os principais polos em suas regiões. Foram mais de 4.600 profissionais capacitados, do agente comunitário ao médico, cujo maior impacto foi a redução do tempo entre a percepção dos sinais e sintomas pelos familiares a chegada ao Centro de Tratamento, localizado em Campo Grande/MS.

"Fique de olho, pode ser câncer infantojuvenil" é coordenado pelo Oncologista Pediatra Marcelo dos Santos Souza e a Encarregada das Relações Institucionais da AACC/MS, Regina Filipini, e trouxe uma vasta experiência e grandes ganhos à oncologia pediátrica no estado de MS. Sempre com um novo desafio em cada município capacitado, por vezes culturais  quando a capacitação passa por aldeias indígenas, o projeto desmistifica o câncer infantojuvenil apresentando os índices de cura, aproxima os profissionais da base ao Centro de Tratamento facilitando os encaminhamentos e principalmente proporciona o Diagnóstico Precoce para crianças e adolescentes.

Principais sinais e sintomas

No Brasil

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infantojuvenis (4.310 em homens e 4.150 em mulheres). Esses valores correspondem a um risco estimado de 137,87 casos novos por milhão no sexo masculino e de 139,04 por milhão para o sexo feminino.

Graças aos avanços no tratamento do câncer infantil nas últimas décadas, atualmente mais de 84% das crianças com câncer sobrevivem 5 ou mais anos. Globalmente, esse é um aumento considerável desde meados da década de 1970, quando a taxa de sobrevida em 5 anos era de apenas 58%. Ainda assim, as taxas de sobrevida variam com o tipo de câncer e outros fatores.

Fontes:

American Cancer Society (08/01/2020)

Instituto Nacional de Câncer (06/02/2020)


Em Mato Grosso do Sul

Quando a AACC/MS foi inaugurada, em 1998, o índice de cura para o câncer infantojuvenil em Mato Grosso do Sul era de apenas 10%. 

Hoje, mais de 20 anos depois, com o trabalho conjunto da AACC/MS e do CETOHI (Centro de Tratamento de Oncologia Infantil), esse índice foi para quase 70%.

Nesses 20 anos, passaram pelo CETOHI aproximadamente 1.700 crianças e adolescentes de 0 a 19 anos e mais de 1.500 com doenças hematológicas. O aumento do indice se deve ao CETOHI ser o principal centro especializado no tratamento oncológico em MS e pela constante dedicação e capacitação de seus profissionais que não medem esforços, tanto no cuidar, quanto no tratar e, ainda, com campanhas educativas que levam estado afora a importância de um diagnóstico precoce para aumentar as chances de CURA.

 

Projeto de capacitação

Parte da equipe multidisciplinar da AACC/MS percorre todo o Mato Grosso do Sul levando conhecimento aos profissionais da área da saúde sobre a relevância do diagnóstico precoce no câncer infantil, colocando luz sobre a importância de se investigar a condição física de crianças e adolescentes, aumentando assim as chances de curá-los do câncer.